A História da Juréia-Itatins envolve muita tensão em torno da preservação da biodiversidade. Os Ambientalistas e organizações relacionados ao meio ambiente favorecendo a Natureza e de outro lado organizações empresariais com projetos mercadológicos.
Atualmente, a Estação Ecológica de Juréia-Itatins é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral à natureza localizada no litoral sul paulista, que abrange os municípios: Peruíbe, Itariri , Miracatu e Iguape.
O Nome Juréia-Itatins é de origem tupi-guarani, Juréia significa ”Ponto Saliente” (promontório) e Itatins , “Nariz de Pedra” (Saliência rochosa)
A região da Juréia foi acessada pela primeira vez na época de Martins Afonso de Souza, com objetivo de interligar a Capitania Hereditária de São Vicente à Iguape e Cananéia. O Imperador Dom Pedro I fez o primeiro marco de ocupação, ordenando a construção do caminho do imperador na área, o que foi muito utilizado durante a Guerra do Paraguai, em que os mensageiros levavam noticias do conflito (Correio Del Rei). Posteriormente o Marechal Rondon instalou pontes de ferro vindas da Inglaterra que ligava Rio de Janeiro ao sul do País o que incluía uma linha telegráfica.
BREVE HISTÓRICO
Anos 1970: É realizada uma estrada, durante a abertura desta estrada começa a surgir casas de veranistas e os caiçaras passam a prestar serviços.
Inicio dos Anos 80: NUCLEBRÁS escolheu Juréia para construir duas usinas nucleares : Iguape 4 e Iguape 5, entendendo-se na época que a coexistência de estações ecológicas e usinas nucleares representava, simultaneamente, proteção de áreas naturais. Nesta época a NUCLEBRÁS realizava pesquisas na área, melhorava estradas, fazia terraplanagens, pontes e colou uma balsa no Rio Una.
Ano de 1981: São realizadas pesquisas cientificas na EEJI , principalmente pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP))
Meados de 1985 e 1986: O Governo Federal desiste do projeto Nuclear e em 1985, a NUCLEBRÁS retira-se do local , e a área volta a correr risco de degradação. A imensa preocupação quanto ao destino da Juréia levou ambientalistas, políticos e organizações não governamentais à reivindicarem providências contra agressões do paraíso natural, resultando na criação da Estação Ecológica da Juréia-Itatins, através do Decreto Estadual Nº 24.646, de 20 de Janeiro de 1986, em 28 de Abril de 1987 o Governo do Estado editou a Lei Nº 5.649, ratificando a criação da estação, que englobou a Serra dos Itatins aumentando sua extensão para 79.245 hectares.
Anos 90: O turismo , mesmo proibido, torna-se uma atividade importante para os moradores da estação ecológica. O poder publico aceitando a ocupação passa a ofertar serviços essenciais.
A Banda Taffo lança música Juréia no estúdio Transamérica , em campanha da preservação da Mata Atlântica, todos os direitos foram doados à própria ONG da Juréia.
Abril 2004
Uma ação civil pública é ganha pela justiça. A ação pede a proibição de visitas no Parque do Itinguçu, na Juréia-Itatins, o Governo ainda recorre.
Dezembro de 2006
Foi criado pelos deputados o Mosaico da Jureia (união de unidades de conservação -UC) o que incluiu o Parque do Itinguçu visando acabar com a estação ecológica de proteção integral, que permite ocupação por moradia, desmatamento prosseguiu silenciosamente , assim como a exploração predatória do palmito.
Ano 2007
Anunciado o Porto de Peruíbe pelo empresário Eike batista, com capacidade de movimentar cerca de 50 milhões de toneladas de vários produtos ao ano, cerca de 60% do volume projetado para o Porto de santos – O maior da América Latina em 2007. Avaliadas em torno de R$ 5 Bilhões. A área de 53 milhões de metros quadrados, adquirida pelo grupo EBX, localizado em Peruíbe , junto com divisa em Itanhém, nas proximidades da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega. O projeto gera entraves entre FUNAI, A EBX e os índios.
Outubro de 2008
A LLX Logística anuncia suspensão do Projeto do Porto de Peruíbe em razão da disciplina financeira por tempo indeterminado. O Empresário Eike Batista , disse não ter desistido do projeto e que aguarda novo marco regulatório, com a licitação de portos na costa brasileira
Junho de 2009
A lei que criou o Mosaico foi derrubada pelo Tribunal de Justiça e a Jureia volta a ser uma Estação ecológica. Em 22 de Dezembro o Governo tentou recorrer com muitos recursos para a recriação do mosaico, porém sofre derrota na ação civil pública e Justiça de Peruíbe proíbe de vez a visitação ao Parque do Itinguçu
Outubro de 2012
Eike Batista tenta encontrar forma de acordo com os índios que ocupam a área, onde pretende construir o Porto de Peruíbe. No complexo Industrial Taniguá , acoplado ao porto , estão previstas atividades industriais: elétrica, centros de pesquisa, fabricação de máquinas e equipamentos, moldados de concreto, centro de distribuição e outros… também inclui uma ilha artificial, a três quilometros da costa para atração de grandes navios.
Camila Anker, coordenadora de relações com os investidores em São Paulo destaca:
No momento o projeto Porto Brasil está apenas suspenso, mas não cancelado.
Ano 2014
A sucessora da LLX , a Prumo Logística , controlada pela empresa EIG Global Energy Partners, formalizou a decisão de não dar prosseguimento ao projeto do porto, por prever perda total do valor contábil desde junho 2013.
Ano 2017
De interesse do Governador Geraldo Alckmin (PSDB), a Gastrading pretende instalar usina de grande porte Termelétrica em Peruíbe, envolvendo uma imensa área incluindo a Estação ecológica Jureia-Itatins. Porém, ambientalistas, organizações e muitos cidadães realizaram protestos e ações , resultando cancelamento da instalação pela Câmara de Peruíbe . Mesmo derrotada na Câmara, a empresa Gastrading atualmente está estudando formas para prosseguir as instalações das Usinas Termelétricas.
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